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Encerramento da I Bienal Internacional de Artes e Cultura da Guiné-Bissau marca momento histórico para o panorama cultural do país

  • Guiné-Bissau

1 de Junho de 2025

No passado dia 31 de maio, chegou ao fim a I edição da Bienal Internacional de Artes e Cultura da Guiné-Bissau, uma iniciativa inédita e estruturante que, ao longo de um mês, mobilizou artistas, criadores e públicos diversos em torno de uma vasta programação cultural, celebrando a riqueza e a diversidade das expressões artísticas guineenses e internacionais.

Sob o tema Mandjuandadi – Identidade em Liberdade, evocando um espaço de ancestralidade, memória, resistência e intervenção sociopolítica e identitária dos guineenses, a Bienal afirmou-se como um marco de diálogo entre tradição e contemporaneidade, proporcionando mais de 100 actividades culturais que incluíram espetáculos de teatro, concertos, exposições, mostras de cinema, debates, lançamentos de livros, workshops, oficinas e residências artísticas. Estes momentos aconteceram em vários espaços emblemáticos de Bissau, dando corpo a um verdadeiro encontro de saberes locais com dinâmicas intergeracionais e transnacionais. Baseada na promoção dos direitos de acesso à cultura, educação, liberdade, democracia, igualdade de género, preservação do ambiente, desenvolvimento sustentável, participação inclusiva e paz a programação da I Bienal foi construída à volta de cinco linhas curatoriais: Música, Literatura, Conferências e Políticas públicas, Artes Plásticas e Visuais, Artes Performativas e da Imagem em Movimento.

A Bienal foi promovida pela Fundação Bienal MoAC Biss contando com o apoio da Tiniguena – Esta Terra é Nossa e da ACEP – Associação para a Cooperação Entre os Povos e, contando com o financiamento do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., através do programa PROCERIS, da União Europeia, da Fundação Calouste Gulbenkian e de outros parceiros nacionais e internacionais, num esforço conjunto de mobilização de apoios financeiros e logísticos essenciais à concretização deste projeto.

O evento encerrou com a leitura de um Manifesto, testemunhando o compromisso com a continuidade e o fortalecimento de um espaço de criação livre, crítica e inclusiva. Foi ainda anunciado o lema da próxima edição, a realizar-se em 2027, que terá por mote “Djidiundadi – intemporalidade e utopias”, desafiando artistas e comunidade a imaginar futuros plurais a partir das raízes culturais guineenses.

A programação detalhada desta Bienal permanece disponível para consulta, revelando a amplitude e profundidade de um projeto que reafirma a cultura como motor de cidadania, identidade e transformação social na Guiné-Bissau.

Assista ao vídeo de encerramento aqui.

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